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A Alta Autoridade para a Imigração, em parceria com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional (MNECIR), realizou no dia 20 de Junho, a Conferência «Imigração e Religião: A relação entre práticas religiosas e integração de imigrantes».

A elaboração e implementação de adequadas medidas e políticas de gestão da imigração no país assenta em diferentes dimensões da integração, sendo a religião uma delas. De acordo com o Inquérito à População Estrangeira e Imigrante, de 2022 (AAI/INE), os estrangeiros estabelecidos em Cabo Verde professam, principalmente, o cristianismo (41,3%) e o islão (40,1%).

Porque a religião continua a ser um fator a não ignorar nos processos migratórios, e os movimentos de milhões de pessoas a nível internacional podem ter efeitos significativos na composição religiosa dos países e nas práticas dos migrantes nos seus processos de permanência e integração, a realização da conferência visou constituir-se como um momento de reflexão sobre a relação entre migrações e religião, em especial sobre o papel da religião na integração social de imigrantes, mas também de partilha de informações sobre o panorama religioso em Cabo Verde e sua relação com as migrações, e contou com a intervenção de dois oradores:

- O Cientista Social Adilson Carvalho Semedo, Professor Auxiliar na Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes da Universidade de Cabo Verde, cuja apresentação versou sobre as migrações e as (re)configurações do panorama religioso em Cabo Verde, e na qual procedeu a um enquadramento geral do quadro religioso, com destaque para a reflexão crítica das religiões cuja presença, do ponto de vista histórico e sociológico, esteja mais relacionada à imigração e presença de imigrantes no país.

- O Secretário Geral da Fundação Mohammed VI dos Oulema Africanos, M. Si Mohamed Rifki, que abordou a temática da religião, integração, harmonia social e a paz. Na sua intervenção, apresentou o papel do Reino de Marrocos na promoção da convivência e evidenciou a importância do diálogo e dos valores religiosos de tolerância em solo africano, como via de alcançar a estabilidade e a paz social.

Participaram da conferência representantes de instituições públicas, organismos internacionais, confissões religiosas, associações de imigrantes e outras organizações da sociedade civil.