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Comemora-se, hoje, o Dia de África, assinalando o dia da criação da Organização da Unidade Africana (OUA), a 25 de maio de 1963 na Etiópia. A instituição da data pela Organização das Nações Unidas (ONU) deriva do incentivo à cooperação entre todos os países africanos, em prol da democracia, direitos humanos, liberdade, paz, desenvolvimento e progresso em África.

Estima-se em 41 milhões o número de africanos que vivem fora dos seus países de origem. A grande maioria (80%) dos africanos que migram não saem para fora do seu continente, deslocando-se, em geral para um outro país africano (Fonte: African Center for Strategic Studies, 2023).

De acordo com os dados do Iº Inquérito à População Estrangeira e Imigrante, realizado em 2022 pela Alta Autoridade para a Imigração e o Instituto Nacional de Estatísticas, de entre os 10.869 imigrantes e estrangeiros residentes em território nacional, 66,5% são provenientes de países africanos, correspondendo a 7.227 cidadãos sobretudo de países da CEDEAO, nomeadamente Guiné Bissau, Senegal e Nigéria. Parte significativa dos africanos não pertencentes à região da CEDEAO têm ascendência cabo-verdiana, destacando-se os são-tomenses e os angolanos.

A procura de trabalho e o reagrupamento familiar são os principais motivos para os cidadãos africanos escolherem Cabo Verde como país de destino e, encontram-se integrados em diferentes setores de atividade contribuindo, todos os dias, para o desenvolvimento do país.

O sentimento de integração dos imigrantes africanos é elevado, declarando sentir-se integrados ou muito integrados em Cabo Verde, e mais da metade pretende permanecer no país, nos próximos 5 anos.

Celebremos o Dia de África, vivendo a diversidade cultural resultante da mobilidade, circulação e migração de pessoas e povos dentro do nosso continente. Afinal a diversidade nos enriquece, e independentemente da nacionalidade, origem ou religião, todos nós contribuímos!